Lá vem Maria

GOSTO DE LARANJA

maio 6, 2011 por

Seria poeta e enalteceria as veredas de minha infância. Não aprendi a versejar, nem existiam veredas nas terras onde cresci. Mas os caminhos desnudos sempre desembocavam em pomares, fartos de frutas a curvar galhos e galhos.

Na memória não há rimas, mas o gosto da laranja recém apanhada que minha mãe descascava e distribuía aos filhos. A bacia cheia, a roda no entorno, o cheiro do sumo se desprendendo da casca, a pele branca e sem machucados e o prazer raro exibido pela mulher que nunca descansava.

Fortuitos momentos nos quais me ensinava a amar.

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