O Crônicas segue, apoiando a Resistência.
Hoje, 17 de agosto de 2006, mais um exemplar do livro “Crônicas da Resistência – Narrativas de uma democracia ameaçada” partiu. Seguiu rumo a capital de outro estado brasileiro. Uma pessoa jovem presenteou outra, também jovem.
Poderia imaginar que nossas narrativas teriam grande impacto na vida da pessoa presenteada ou do presenteador, mas não é assim que sinto. A verdade é que o fato trouxe uma alegria orgulhosa. A pequena crônica, que condensa anos do olhar que lanço aos fatos, será lida por quem chegou ao mundo uns trinta anos depois de minha aterrizagem. Mas em minutos de conversa, três décadas que poderiam ser um abismo, transmutaram em tempos de aproximação e entendimento.
Encaramos os fatos com focos semelhantes. Entendemos os fatos com profundidade e amplitude similares.
A experiencia provocou uma viagem no tempo e lá estou, com idade próxima a da pessoa que presenteou e da que foi presenteada. Resgato o longo caminho de aprendizagens. E, na ponta de cá, entendo o mundo com critérios próximos aos daqueles que só caminharam metade do caminho que já fiz.
Retomo também as conversas com outros autores do livro, no ato do lançamento de Crônicas da Resistência. Nas narrativas estão desde olhares de pessoas com idade próxima a minha, quanto a deles. Muitos com atuações admiráveis. Muitos anônimos e, assustadoramente, lúcidos.
Enfim, a experiencia de hoje soma-se a outras e prova que o mundo é diverso e complexo. Essa realidade estanque e dicotomizada que nos vendem todos os dias interessa ao golpe e aos golpistas.
Essas pessoas de pouca idade, admiradores dos regimes ditatoriais que tomam as mídias não são maioria. A população do Brasil, assim como o mundo, é complexa, heterogênea nos mais diversos aspectos, incluindo o humanitário. A consciência segue curso não linear, mas a propaganda não dá destaque àqueles que estão do outro lado, que não pactuam dos interesses de quem dá a vida valor menor que o capital.
Ao final da reflexão, concluo que Crônicas da Resistência pode fazer diferença na vida de quem presenteou e de quem foi presenteado. As narrativas dirão a eles que há respaldo para seus pensamentos, suas análises, suas críticas e seus entendimentos. Pode ser alento para que sigam diferenciados. Para que não se vejam sozinhos em meio a essa versão sem luz nem esperança que querem nos impor.
Sim, o anonimato é mais cômodo, porém as vivências e concepções de mundo e de vida, a percepção da realidade social coloca a política como um outro assunto qualquer, este é o erro social, este é o veio que o entretenimento vendido pela mídia quer atrofiar, o saber como mercadoria, o pensamento como forma de adquirir bens e confortos, a inteligência como passa tempo e não como instrumento de mudança de paradigmas, vastos campos do conhecimento a serem desprezados pois não são imediatistas, não proporcionam um prazer rápido, pois a esquerda questiona smepre, não se satisfaz com a lógica mediana, não se alia ao bom senso burgues, barreira para evitar o necessário conflito, para com o debate alguns alcançarem a iluminação em perceber que o campo da realidade é de somente 2 duas mil conexões neurais, e temos potencialmente quatrocento bilhões de conexoes, por isso o questionamento característico das esquerdas levam e elevam exponecialmente nossa capacidade de percepção da realidade humana, no contexto da realidade universal.
Parabéns pelo excelente texto. sds democráticas
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