Lá vem Maria

TRAVESSIA

jan 19, 2012 por

Hoje não escrevo ficção.
Hoje compartilho a serenidade do ato de caminhar sobre a ponte de boa estrutura. Descubro aos quase cinqüenta e cinco anos o prazer da travessia sem solavancos, antevendo com segurança o lugar de chegada.
Vivi no sul, no nordeste e no centro oeste. Repeti cidades sem cimentar alicerces, convivi com pessoas de diferentes convicções e índoles, experimentei a vida sem a comodidade do pertencimento.
Poderia dizer que andei por aí, sem rumo, mudando de atividade, desperdiçando talentos. Mas escolho afirmar que transitei por espaços, acumulando vivências enquanto buscava meu lugar e minha tarefa no mundo.
Na última semana, durante uma curta viagem fui contaminada pela opressão da vida de outros, ao transitar ente eles e vivi na pele e nas entranhas a sensação de estar em risco. Ao reencontrar os filhos, o companheiro de jornada e pessoas queridas que marcam meu caminho, entendi que conquistei o que há de melhor na vida. Posso viver a alegria de fazer parte, de ter uma família que me acolhe, de saber e de estar bem com caminho a ser trilhado. Marco a descoberta com um pensamento de Marie Fontaine:
“A vida é um presente maravilhoso. Para apreciá-la, desfrutá-la e aproveitá-la ao máximo é preciso dedicar tempo às coisas que realmente têm valor”

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