PINTANDO PONTOS DE LUZ
A lua salta sobre nuvens como se fossem fundo. Auréolas, do branco ao ferrugem, a contornam.
Ela passeia entre nuvens ou as nuvens passam por ela?
Talvez lua e nuvens, que de meu ponto de vista seguem em lenta leveza, movam-se com agilidade e destreza.
No trajeto, grumos escuros e pesados cerceiam o brilho. Mas grumos são passageiros, como passageiro é o momento de agora. Parecem sem movimento, mas o desarranjo das formas desconfirmam a impressão.
No chão úmido o zunzunar dos grilos oscila e persiste. Parecem alheios à lua, às nuvens e aos meus pensamentos.
Dos grumos salta a luz e a lua arredondada reaparece, fingindo sobrepor-se à camada branca. De novo, produz arcos do translúcido ao ferrugem e escorrega rumo à próxima barreira.
As barreiras é que se movem, diria um anjo torto, que um dia tropeçou e caiu. Sem preparo para o mundo dos expurgos andou atropelando e sendo atropelado, até que sumiu. Talvez esteja lá, entre tolhas brancas e felpudas, pintando pontos de luz.
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