Lá vem Maria

O CAMINHO DO OUTRO

jul 15, 2011 por

 

Certo, errado, bom, ruim, bonito, feio, confiável, desonesto: ínfima lista de infinitos julgamentos.

Alegria e tristeza, vitória e fracasso, reconhecimento  e anonimato,  frustração e realização: poucos exemplos de inúmeras polarizações .

Ética, justiça, disciplina, integridade, confiabilidade, desapego, força, determinação:  alguns valores que sustentam julgamentos e posições.

É possível explicar condutas  a partir dos valores. Mas não sei se a teorização nos possibilita compreender o outro.

foto:silzi mossato

 

Há quem faça das habilidades, dádivas. Outros, sementes em solo árido.

Uns brilham sem grandes esforços.Outros colhem parcos frutos depois de muita labuta.

 

Cada individuo vive sua história como mergulhador em mar denso. Mas basta olhar a distância para  enxergar saídas, caminhos e possibilidades que o dono de outra história não vê. E sem discernimento,  o julgamos. Ou tentamos incansavelmente apontar uma direção, mostrar rotas,  puxar pela mão, empurrar para situações que avaliamos como a melhor.

A vida, enfim nos diz: O CAMINHO DO OUTRO É DO OUTRO. Podemos estender a mão, apoiar, ajudar, mas cabe a cada pessoa  a escolha e suas consequências.

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2 comentários

  1. Olá! Tenho vasculhado seus escritos e percebo o quanto estão ‘maduros’ e em constante evolução.
    Quanto ao Outro, tenho a impressão que para compreendê-lo(perceba que escrevo ‘Outro’ com ‘O’ maiúsculo)só há um caminho,com duas vias paralelas, porém, convergentes.
    A primeira via é a nossa. E essa, se faz necessário compreendê-la ao ponto de nos tornarmos seres unos, totalmente repletos daquilo que somos: nossos sonhos, vontades, desejos, ideais, etc.
    A segunda via é a do Outro, sem a qual não se concretiza a primeira.
    O encontro com o Outro só se faz, verdadeiramente, quando estamos conscientes de nós mesmos. No entanto, há aqui o maior dos paradoxos: somente nos tornamos seres munidos de ‘totalidade’quando apreendemos o Outro, quando ‘não somos’para que o Outro seja. E, para ‘não ser’, precisamos antes ‘ser totalidade’, pois só sendo, conscientemente, podemos decidir ‘não ser’ para ver surgir a totalidade do Outro.
    Quando compreendemos esse paradoxo, nos colocamos na dimensão do verdadeiro ‘ser’, então, encontramos o único caminho para a felicidade: o Outro!

    Paz e bem.

  2. admin

    Que bacana saber que você acompanha o blog. Tento passar meu jeito de ver o mundo e ele tem mudado, assim como vejo que o seu também.

    Abração

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