Lá vem Maria

Não espere por mim, Margarida

nov 10, 2016 por

foto de Erly Ricci

foto de Erly Ricci

Não espere por mim, Margarida.
Abdicar é a conta da revolução e escolhas são feitas de planos e despedidas.
Mudo de rota, de roteiro, de sonhos e aspirações. Na bagagem, risos e choros, noites nuas e outras, cheias de ternura.
Carrego no mesmo laço os espinhos da estrada e as flores coloridas, as picadas das abelhas e o sabor do mel que sacia.
Estou de partida e não tenho o desenho da estrada. Acaso ficasse, morreria. E, creio, de nada vale ter ao lado, um morto vivo. A vida, Margarida, não perdoa quem deixa o medo refrear o caminho.
Não espere por mim, doce amiga.

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2 comentários

  1. Eni Gonçalves

    Lindo, poético, rico de metáforas daquilo qe vale viver e do que é preciso largar…

  2. Isadora Zamarque

    Palavras que alcançam, minha cara Margarida.

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