DO AMOR, O MEDO
Não, não tenho medo da morte.Tantos foram nossos encontros, que nos tornamos íntimos. Conheço suas metamorfoses com tamanha lucidez, que se fosse possível dizê-las, definitivamente me designariam louco.
Crê realmente que temo o escárnio? Não, não o temo. Em tantos jogos nos defrontamos que faço minhas suas artimanhas. Do escárnio conheço o ventre com tão louca profundidade, que se fosse possível mostrá-lo, me chamariam maldito.
O amor? (…)
Enfim celebras o que temo! (….)
No amor conheci tanta vida e emoção, que se fosse possível dividi-las entre os homens, me baniriam para sempre de seus convívios!