A Pedra
Um ônibus, dois ônibus, infinitos ônibus.
Lotados, apinhados.
A fila serpenteia, o menino passa a pedra, a pedra destroça o menino, que enfrenta o homem, que assume sua sina.
O ônibus, a fila, o menino, a pedra, o homem, a sina que já foi destino.
É tarde. Não há sentido algum.
Ainda que pudesse dizer que trago em mim o amor de muitas vidas,
do lado de fora a pedra destroça o menino, que enfrenta o homem, que cumpre a cega sina.
Nada tem sentido. Nenhuma norma satisfaz.
Qualquer convenção é minuscula a julgar o amor de muitas vidas que trago em mim.
Mas logo depois de minha sombra está o ônibus e a fila, a pedra e o menino, o homem e sua triste sina.
Um ônibus, dois ônibus, infinitos ônibus.
Vazios, desocupados.
Na rua desimpedida, o vento passeia, o menino amortece a dor, o homem carrega o menino, que enlaça o homem, que destroça a pedra, assumindo seu destino.
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